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Tema: Artigos
Qual é a Diferença entre Psiquiatra, Psicólogo e Psicanalista?
Muita gente pensa que psiquiatra, psicólogo ou psicanalista é tudo a mesma coisa, mas não é nada disso. Cada um deles tem uma formação específica, pode ter diversas especializações e vai tratar de maneira diferente cada tipo de distúrbio da mente humana e o ser humano que está a sua frente.
O Psiquiatra é um profissional da medicina que, após ter concluído sua formação, opta pela especialização em psiquiatria. Esta demora de 2 ou 3 anos e abrange estudos em neurologia, psicofarmacologia e treinamento específico para diferentes modalidades de atendimento, tendo por objetivo tratar as doenças mentais. Ele é apto a prescrever medicamentos, habilidade não designada ao psicólogo. Em alguns casos, a psicoterapia e o tratamento psiquiátrico devem ser aliados, mas para isso é necessário um outro profissional especializado, o psicólogo ou psicanalista.
O Psicólogo tem formação superior em psicologia, ciência que estuda os processos mentais (sentimentos, pensamentos, razão) e o comportamento humano. O curso tem duração de 4 anos para o bacharelado e licenciatura e 5 anos para obtenção do título de psicólogo. No decorrer do curso a teoria é complementada por estágios supervisionados que habilita o psicólogo a realizar diagnóstico, psicoterapia e diversos tipos de orientação. Pode atuar no campo da psicologia clínica, escolar, social e do trabalho, entre outras. O profissional pode optar por um curso de formação em uma abordagem teórica entre os quais os mais famosos são gestalt-terapia, psicanálise e a terapia cognitivo-comportamental.
O Psicanalista é o profissional que possui uma formação em psicanálise, método terapêutico criado pelo médico austríaco Sigmund Freud, que consiste na interpretação dos conteúdos inconscientes de palavras, ações e produções imaginárias de uma pessoa (a interpretação dos sonhos são um exemplo disso e é feito pelo psicanalista), baseado nas associações livres e na transferência. Segundo a instituição formadora, o psicanalista pode ter formação em diferentes áreas de ensino superior, além da medicina e psicologia. Alguns cursos de psicanálise são tratados como uma pós-graduação .
As diferenças, na prática
Falando em linguagem popular, pode-se dizer que o psiquiatra dá um remédio para o paciente conviver com seu problema, enquanto que o psicólogo quer entender o porquê do paciente ter aqueles sintomas e poder ensiná-lo a contorná-los, enquanto que o psicanalista, que lida principalmente com o inconsciente, vai tentar entender onde começou o problema, corrigir suas causas e eliminar os sintomas.
Em termos de rapidez, o tratamento psiquiátrico surte efeitos aparentes mais rapidamente, mas pouco faz a longo prazo. O tratamento psicanalítico é o mais demorado, porém surte efeitos igualmente mais duradouros, enquanto que a psicologia fica no meio termo entre os dois.
Como os enfoques são bem diferentes, o interessante para o paciente seria ter uma equipe multi-disciplinar com os três tipos de profissional, de maneira que o diagnóstico e o tratamento possam ser tão abrangente quanto possível.
É preciso entender que a psicologia, propriamente dita, tem dezenas de áreas de atuação. Só para citar algumas: ambiental, analítica, aplicada, clínica, cognitiva, comparada, criminal, educacional, da saúde, hospitalar, diferencial, do comportamento, do desenvolvimento, do trabalho, existencial, forense, individual, industrial, metafísica, social, esportiva, do superdotado e comunitária.
A psiquiatria também tem suas especializações. A Associação Brasileira de Psiquiatria reconhece as seguintes subespecialidades em psiquiatria:- Psiquiatria da infância e adolescência ou Pedopsiquiatria
- Psiquiatria forense
- Psicogeriatria, Psiquiatria da terceira idade ou Gerontopsiquiatria
- Psicoterapia
- Interconsulta em Hospital Geral ou Psiquiatria de Ligação.
A mente de um homem segundo Freud'>Da mesma forma, a psicanálise tem subdivisões. Como está muito ligada à filosofia, isto é, ao modo de pensar, uma das formas de classificar as diversas correntes de atuação é pelos autores em que se baseia. Os mais conhecidos são:
- Sigmund Freud
- Carl Jung
- Jacques Lacan
- Alfred Adler
- Melanie Klein
- Donald Winnicott.
A teoria Freudiana e a diferença entre as carreiras
Freud era um médico especializado em doenças mentais, e durante décadas de estudos práticos e teóricos acabou codificando o estudo do inconsciente. Podemos dizer que Freud foi tanto psiquiatra quanto psicólogo, e acabou inventando a psicanálise.
Muitos dos conceitos criados e desenvolvidos por Freud são usados até hoje e formam a base de todas as técnicas que lidam com a mente humana. Mas a técnica de Freud foi criada há mais de 100 anos e de lá para cá muita coisa nova foi descoberta e outras foram aprimoradas e adaptadas aos tempos modernos.
Assim, hoje em dia existem centenas de correntes filosóficas e práticas de ação utilizadas tanto pelos psiquiatras quanto pelos psicólogos e psicanalistas. Entre outras, podemos classificar estas correntes segundo a influência exercida pela teoria Freudiana, conforme mostra a tabela abaixo, onde estão as 10 principais linhas de atuação das ciências psicológicas:
AS 10 GRANDES LINHAS DO CONHECIMENTO PSICOLÓGICO |
Desde que Freud criou a psicanálise, seus conceitos foram reforçados, criticados, reerguidos e reformados. Sua influência está dispersa em centenas de correntes, umas com pouca ou nenhuma influência dele, num extremo, e outras absolutamente fiéis a ele, no outro. Abaixo estão as 10 linhas de pensamento principais, junto com seus princípios de funcionamento: |
ALTA INFLUÊNCIA DE FREUD
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Psicanálise | Psicanálise Jungiana | Psicodinâmica |
0 analista acredita que os problemas vêm de impulsos reprimidos na infância do paciente, que passa a maior parte da sessão falando por meio de associações livres. 0 terapeuta geralmente fala pouco, sem emitir juízo, tentando analisar a fala e os sonhos. Modelo mais antigo, foi ampliado e modernizado com os estudos de .
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Também chamada de psicoterapia analítica, foi criada por Carl Jung, um dos discípulos de Freud, que introduziu na psicanálise o conceito de inconsciente coletivo (imagens e experiências comuns a todos os seres humanos). Por isso, o método junguiano leva em conta, além das questões individuais do paciente, as influências externas e coletivas que podem atormentá‑lo.
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Chamada de psicanálise light, baseia‑se em noções tradicionais da psicanálise, só que é mais breve, com o terapeuta tentando ativamente engajar o paciente em um diálogo que o faça reconhecer e resolver conflitos antigos. É também mais focada para atingir objetivos concretos preestabelecidos entre paciente e terapeuta.
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MÉDIA INFLUÊNCIA DE FREUD
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Gestalt | Terapia de grupo | Interpessoal | Centrada na pessoa |
Usando o teatro e outras expressões artísticas, explora técnicas dramáticas para construir pensamentos e atitudes criativas. Com blocos de espuma, bonecos ou almofadas, o paciente é encorajado a adotar novos papéis e expressar sentimentos, com o objetivo de compreendê‑los melhor. |
Abriga teorias e práticas de outras correntes, com a diferença de ser praticada em grupo. 0 convívio com os outros pacientes funciona como um mìcrocosmo social, ambiente seguro para facilitar um novo comportamento. É indicada para quem sofre de problemas comuns do seu ambiente e tem dificuldade de se relacionar com os outros. |
Recomendada a quem passa por depressão leve ligada a conflitos pessoais, luto ou mudança repentina de papéis (um casamento ou um novo cargo profissional). O tempo da terapia é predeterminado, e as sessões se concentram no tempo presente, sem ligar experiências atuais ao passado.
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Foca na relação entre paciente e o profissional. Sem interpretar pensamentos e comportamentos, o terapeuta cria um clima de empada que permite ao paciente explorar questões que o perturbam e desenvolvera autoestìma. Por isso, é indicada a quem se sente oprimido pelo mundo e tem baixa aceitação de si próprio.
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BAIXA INFLUÊNCIA DE FREUD
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Terapia comportamental | Terapia cognitiva | Terapia cognitivo-comportamental |
Linha bem distante de Freud, é indicada para quem sofre reações indesejáveis do corpo diante de manias efobias (como medo de aranha ou de avião). Utiliza técnicas básicas de aprendizagem, tomo exposição e condicionamento, natentativadetrocar o comportamento usual por reações mais agradáveis. Para os críticos, esse tipo de terapia tenta fazerumadestramento do pacìènte.
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Baseada na idéia de que “os homens se perturbam não pelas coisas, mas pela visão que têm delas”, como disse o pensador romano Epíteto (60‑1I7). Tenta reconhecer e alterar padrões de pensamento que incomodam o paciente, para ensiná‑lo a vigìar idéias automáticas e corrigilas. Indicada a quem sofre de depressão e precisa mudar o que pensa sobre si próprio.
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Utiliza técnicas das duas correntes ao lado para tentar fazer o paciente identificar pensamentos e crenças distorcidas que tem de si próprio. A idéia é fazer a pessoa perceber seus pensamentos e procurar corrigi‑los, gerando novos padrões de raciocínio. Indicada para quem sofre de depressão, ansiedade e perturbações relacionadas a traumas.
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