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Tema: Artigos

O Círculo Vicioso do Amor Imaturo


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O Círculo Vicioso começa na infância, onde todas as imagens são formadas. A criança é indefesa e precisa de cuidados, ela não pode manter-se sobre as próprias pernas, não pode tomar decisões, não pode alimentar-se sozinho. Portanto por necessidade a criança tem uma afetividade egocêntrica. Consequentemente a criança é incapaz de sentir um amor altruísta.

O adulto maduro desenvolve-se em direção a esse amor altruísta desde que a personalidade amadureça harmoniosamente e contanto que nenhuma das reações infantis permaneça oculta no inconsciente. Se isso acontecer, apenas uma parte da personalidade vai crescer, enquanto a outra parte, continuará imatura.

Existem de fato, poucos adultos tão maduros emocional quanto intelectualmente. Estou colocando esse texto exatamente por ser muito comum entre nós, esse círculo vicioso e com a proposta de tornar consciente uma maior parte desses passos percorridos na infância. Entrando em contato com cada sentimento de cada situação, será possível ser revelado e dissolvido o seu processo inconsciente, colaborando para uma vida afetiva madura na vida adulta.

Para chegar a esse ponto, sugiro que vá acompanhando cada parte descrita a seguir do processo infantil entrando em contato com suas lembranças, com a finalidade de procurar algo que ainda não era consciente. Use palavras chaves do próprio texto, para cada passo que achar significativo, formando um esquema para sua orientação de consciência.


A criança quer amor exclusivo

A criança anseia por um amor exclusivo que não é humanamente possível. O amor que ela quer é egoísta, ela não quer dividir amor com os outros, com os irmãos ou irmãs ou mesmo com um dos pais. A criança com frequência tem ciúmes de ambos os pais. Contudo, se ela sente que os pais não se amam, a criança sofre ainda mais.

Assim, o primeiro conflito surge de dois desejos opostos. Por um lado, a criança deseja o amor de ambos os pais exclusivamente, por outro lado, ela sofre se os pais não se amam. Uma vez que a capacidade de amor de qualquer pai ou mãe é imperfeita, a criança não compreende que apesar da imperfeição a maioria dos pais é ainda assim plenamente capaz de amar mais de uma pessoa ao mesmo tempo. Todavia, a criança se sente rejeitada e excluída se o pai ou a mãe também amam outras pessoas.

Essa frustração faz com que a criança sinta-se rejeitada, o que, por sua vez, causa ódio, ressentimento, hostilidade e agressão. Essa é a segunda parte do círculo vicioso. A necessidade de amor incondicional que não pode ser satisfeita, gera ódio e hostilidade em relação às mesmas pessoas a quem mais se ama. De modo geral esse é o segundo conflito do ser humano em crescimento. Se a criança odiasse alguém a quem ela não amasse, ou se ela amasse à sua própria maneira e não desejasse amor em retorno, tal conflito não poderia surgir.

O fato de existir ódio pela própria pessoa que se ama muito, cria um importante conflito na psique humana. É óbvio que a criança sente-se envergonhada dessas emoções negativas e portanto coloca esse conflito no inconsciente, onde ele se torna um "nó" para o futuro. O ódio causa culpa, porque a criança é ensinada desde cedo que é feio, que é errado e é pecado odiar. O que dirá então odiar os pais, a quem se deve amar e honrar acima de tudo.

É essa culpa, vivendo sempre no inconsciente, que na personalidade adulta causa toda sorte de conflitos internos e externos.


Medo do castigo e medo da felicidade

Ao se sentir culpado, inconscientemente a criança diz: "Eu mereço ser castigado". A criança por sua vez por ter seu instinto de preservação, sente medo de ser castigado e assim inicia-se uma outra reação na qual, sempre que você está feliz e sente prazer, apesar de ser um anseio natural do ser humano, você sente que não merece. A culpa por odiar aqueles que mais ama convence a criança de que não é merecedora de nada que seja bom, alegre e prazeroso.

Portanto, a criança evita inconscientemente a felicidade, criando situações e padrões que parecem destruir o que é mais desejado na vida. É esse afastamento da felicidade que que ele mesmo se impõe, leva-o a todos os tipos de reações, sintomas, esforços não saudáveis, manipulações de emoções e até mesmo a ações que indiretamente criam padrões mentais que parecem acontecer involuntariamente, sem que a personalidade seja responsável por eles, atraindo para sua vida as mais diversas situações de escancarado auto-boicote, (Lei da Atração), evitando-se assim que a felicidade se realize.

Embora o desejo de felicidade jamais possa ser erradicado, ainda assim, devido a esse sentimento de culpa profundamente oculto, quanto mais se deseja a felicidade, mais culpado se sente. O medo de ser punido e o medo de não merecer a felicidade, cria então o desejo compulsivo de auto-punição como uma forma de evitar a humilhação de ser punido por outras pessoas, ou pelo destino, ou por Deus, ou pela vida. Nesse sentido deixa de ser humilhante já que não é o outro que faz, mas ele mesmo. "Melhor eu me maltratar, do que ser maltratado por alguém.

Assim, a personalidade inflinge um castigo a si mesma. Isso pode ocorrer de várias maneiras, como através de doenças físicas produzidas pela própria psique ou por vários infortúnios, dificuldades, fracassos ou conflitos em qualquer área da vida. Portanto, caso exista uma imagem relacionada com a profissão ou a carreira, por exemplo, ela será fortalecida pelo desejo inerente de auto-punição e assim dificuldades nesse aspecto surgirão constantemente na vida da pessoa. Ou se existir uma imagem ligada ao amor, à vida conjugal, o mesmo se aplicará nesse caso, frustrando sempre seus relacionamentos.

Portanto, se e quando você não for bem-sucedido em um desejo consciente e legítimo e olhando para a sua vida você descobrir que a satisfação desse desejo consciente foi constantemente frustrada, formando um padrão, como se você nada tivesse a ver com isso (como se um destino cruel, tivesse se abatido sobre sua cabeça), pode estar certo de que não apenas uma imagem e uma conclusão errônea existem em seu interior, mas que, além disso, a necessidade de auto-punição também está presente.

A divisão original entre amor e ódio que iniciou o círculo vicioso, causa mais divisões.

Como exemplo, vimos que a necessidade de auto-punição coexiste com o desejo de não ser punido. Com isso uma parte oculta da psique argumenta: "Se eu for perfeito, se eu não tiver falhas nem fraquezas, se eu for o melhor em tudo que fizer, se eu for o bonzinho, então as pessoas vão me amar incondicionalmente e não vão sentir ódio de mim e portanto não precisarei ser punido".


Duas consciências

Você pensa que, sendo tão perfeito, pode fugir do castigo. Dessa forma, uma segunda consciência está sendo criada. Na realidade, existe apenas uma consciência: que é o Eu Superior, eterno e indestrutível. Não confunda esta consciência com a segunda consciência (Ego) artificialmente criada pela compulsão de compensar um suposto pecado. Na realidade, ninguém precisa ser punido.

O que acontece quando você não consegue atingir as metas impossíves exigidas pela segunda consciência de ser o certinho?

Inevitavelmente, o resultado será um sentimento de inadequação e inferioridade. Você se sente completamente isolado e envergonhado, com o seu segredo carregado de culpa de não apenas odiar, mas também de ser incapaz de ser o certinho. Esta consciência é muito orgulhosa para perceber que você simplesmente não pode ser tão perfeito. Portanto, você necessariamente vai se sentir inferior. Enquanto este fato não for sentido e experimentado, você não pode abandonar os sentimentos de inferioridade. As racionalizações que você usa para explicar os seus sentimentos de inferioridade, nunca são a verdadeira causa.

Sem os seus padrões artificialmente elevados, você não sentiria a necessidade de ser melhor que, ou pelo menos tão bom quanto os outros em todos os campos da sua vida. Você poderia aceitar com tranquilidade que outras pessoas são melhores ou tem melhor desempenho em algumas áreas, enquanto você tem vantagens que outros podem não ter. Você não teria que ser tão inteligente, tão bem-sucedido, tão bonito quanto as outras pessoas. Esse jamais é o verdadeiro motivo para os seus sentimentos de inadequação e inferioridade.


Perpetuação da inadequação e da inferioridade

Essa inadequação e inferioridade servem para fechar ainda mais esse círculo vicioso. Novamente, a sua vozinha interior argumenta: "Eu fracassei. Sei que sou inferior, mas, talvez se eu pudesse pelo menos receber uma grande quantidade de amor, de respeito e de admiração dos outros, isso traria a mesma satisfação pela qual eu originalmente ansiava e que me foi negada no passado, colocando-me assim "forçosamente" na posição de odiar e de criar todo esse círculo vicioso. A admiração e o respeito dos outros seriam também a prova de que eu não sou um fracasso, assim é possível agora receber o que meus pais me "negaram". Isso vai mostrar que eu não sou tão inútil quanto suspeito quando falho em corresponder aos padrões da minha consciência compulsiva".

Portanto, o círculo vicioso, fecha onde começou, e a necessidade de ser amado torna-se muito mais compulsiva do que era inicialmente. A necessidade de ser amado será a busca nas tuas relações da vida adulta, mas esse amor irreal é a fantasia da criança que ainda vive dentro de você.

Vale ressaltar que algumas pessoas podem desenvolver doenças que são uma forma de ataque de raiva infantil, ou podem simplesmente tornar a vida difícil para aqueles que as cercam. Por meio de sua infelicidade, essas pessoas infligem constantemente dificuldades aos outros, com o objetivo de impor sua vontade e sua necessidade compulsiva de receber a utopia pueril de amor e cuidado perfeitos. Isso pode acontecer em vários graus. As vezes é bastante óbvio, outras vezes é muito mais sutil e camuflado. O que as pessoas dizem quando entram em tal comportamento é: "Eu estou infeliz, você tem que tomar conta de mim. Você tem que me amar".

Porém, só quando você deseja amor de maneira saudável e madura e, apenas quando você está disposto a amar na mesma medida em que deseja ser amado, é que o amor virá. A vida é sempre justa e equilibrada, você nunca recebe mais do que investe. O que você dá, virá de volta, contanto que você não dê falsamente, sem sentir realmente, sem ser de verdade, só com o intuito de provar alguma coisa ou mostrar o que não é (sombra).

O amor que você deseja na idéia equivocada de que vai deixá-lo quite não é a resposta, é novamente começar o círculo com uma dose ainda maior de frustração.


A dissolução do círculo

O seu trabalho é descobrir esse círculo dentro de você, terá que ver quando em criança você tinha justificativa para o fato de ter certos sentimentos, atitudes e incapacidades que agora não te servem mais. Terá também que aprender a ser tolerante com as suas emoções negativas. Você tem que compreendê-las. Tem que descobrir onde você se desvia do seu conhecimento consciente nas suas tendências, exigências e desejos emocionais.

As situações tem que se tornar completamente conscientes antes que você possa ter esperanças em romper o círculo. Vão ocorrer situações que parecem castigos, quando na verdade são o remédio para colocá-lo na trilha certa. Através das suas dificuldades, você então finalmente poderá chegar ao ponto em que muda a sua direção interna.

Essa é a única liberação possível, libertação dos seus altos padrões compulsivos que o fazem sentir culpado e não merecedor.

   Comentários
Nossos leitores já fizeram 3 comentários sobre este artigo:
 

De: miriam cavalcanti (em 07/06/2016 - 14:56)
carencia extrema
Este artigo está me fazendo repensar. Tenho 35 anos. aos 29 anos tive um relacionamento bastante doentio e depois desse, nuncam mais consegui me relacionar amorosamente com alguem. Sempre senti falta disso, mas tinha plena consciencia que minha felicidade dependia de mim e buscava evoluir espiritualmente, intelectualmente. Hoje, já não tenho vontade e nem forças para continuar. Perdi a fé e me vitimizo o tempo inteiro. As pessoas me acham bonita e interessante, mas ao invés de ficar feliz e agradecer, sinto raiva e frustração, meu pensamento é "se sou tão legal e bonita, por que ninguem me quer?". sou obsessiva com a ideia de ser amada, tenho odio da minha vida, de Deus e odeio tudo que faço. Falto no trabalho e choro diariamente pois a solidão me faz sentir que a vida não tem sentido e acabo cobrando esse amor imaturo e atenção das minhas amigas (que tem muita paciencia comigo...)Eu não sinto que fui rejeitada na infancia, mas meu pai era muito exigente e eu tinha que dividir a atencao com varios irmãos...não sei mais o que fazer....perdi muito a vontade de estar viva e passo os dias pensando se algum dia vou encontrar alguem...

De: Susana Silva (em 27/07/2013 - 20:09)
O Círculo Vicioso do Amor Imaturo
Fantástico este artigo! Este encadeamento de pensamentos, emoções e ações mostra claramente o quanto a nossa mente é espantosamente criativa, tão amiga como traiçoeira. Como se isso não bastasse, ainda nos ensinam uma serie de disparates nos quais acreditamos piamente. Pareceu-me por momentos, sermos todos tão diferentemente iguais, filhos de pais e cuidadores imperfeitos, a tentarmos limpar ideias e conceitos distorcidos enraizados desde cedo talvez porque fomos educados essencialmente para obedecer e não nos ensinaram a pensar. Vi-me no meu divã a recordar,a elaborar, passo a passo, essas mesmas descobertas,identificando as sensações e situações, ligando peças que completam o puzle e fazem sentido, memórias já recriadas no meu próprio processo de crescimento que leva o seu tempo a refazer...mas é possível quebrar este círculo, conhecer-se, aceitar-se, respeitar-se e a amar-se.

De: Rita Oliveira (em 18/06/2013 - 02:11)
O Círculo Vicioso do Amor Imaturo
Este foi o primeiro artigo que li deste site e é excelente, muito bem escrito, claro, objetivo, é o óbvio que normalmente não percebemos e nos boicotamos. Parabéns! Gostaria de saber quem escreveu.

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